A produção de soja, o aumento da necessidade de alimentos devido à pandemia, e a demanda por áreas cultiváveis justificam o aumento em 58% do valor médio por hectare.
A terra para agricultura nunca valeu tanto quanto está atualmente no Paraná, de acordo com um levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), e da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab).
Entre os motivos para a disparada do preço, estão o aumento da necessidade de alimentos pelo mundo, o crescimento da demanda por áreas cultiváveis e também a produção de soja.
"O principal motivo é a soja. A valorização desse produto principalmente nesse último ano é muito importante. Teve um período da pesquisa que a soja estava com valorização de mais de 90% em relação à pesquisa anterior", explica o engenheiro agrônomo Hugo Godinho.
No geral, o maior aumento foi no preço das terras do tipo A-II, que são as áreas cultiváveis com poucos problemas e próprias para grãos, com produtividade acima da média. O preço médio dessa classe no Paraná ficou em R$ 81 mil por hectare, 58% a mais que no ano passado.
Ao analisar região por região, segundo o levantamento, o oeste e o sudoeste do Paraná têm hoje o maior preço médio por hectare no estado.
O preço médio passa dos R$ 120 mil por hectare em áreas de grande produtividade, como por exemplo, em Pato Branco (R$ 122 mil/ha) e Foz do Iguaçu (R$125 mil/ha).
O arrendamento é uma opção encontrada por aqueles que não possuem capital imediato para adquirir um pedaço de terra, mas vale lembrar que até mesmo o preço dos aluguéis sofreu ajustes, em decorrência do aumento do valor para venda.
Dados levantados a partir da pesquisa realizada pelo Departamento de Economia Rural e Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. Créditos: Globo Rural