Criado em 1882 pelo mestre japonês Jigoro Kano, o judô surgiu a partir do jiujitsu, arte marcial utilizada pelos antigos samurais. Caminho suave (tradução do judô para a língua portuguesa) é um método de educação física e moral por meio da luta. Sua introdução no Brasil ocorreu em 1938. Tendo à frente o professor Riuzo Ogawa, o esporte passou a ganhar força e notoriedade no País, culminando, em 1969, com a fundação da Confederação Brasileira de Judô. No Brasil, são mais de dois milhões de praticantes, superando inclusive o Japão, pátria do judô mundial. O esporte estreou nos Jogos Olímpicos no ano de 1964, em Tóquio.
Dentre as dezenas de projetos incentivados pela M.A. Máquinas via Lei de Incentivo ao Esporte, destaca-se o projeto Judô: Construindo Campeões, em Quatro Pontes, município da costa oeste paranaense. As aulas são ministradas a crianças e adolescentes de baixa renda ou em vulnerabilidade social, por intermédio do professor Irineu Roberto Schmidtke, faixa preta 4º Dan. Em 2013, a M.A. Máquinas surgiu para potencializar o projeto e abrir oportunidades a mais alunos. “É uma honra ter ao nosso lado uma gigante do agronegócio mundial como a John Deere, por meio da M.A. Máquinas”, destaca o sensei Irineu. “O projeto possibilita levar dignidade e reconstruir vidas em prol do esporte”. Em dezembro de 2022, o sucesso da primeira etapa do projeto resultou no Construindo Campeões 2. Na mesma época, a iniciativa gerou uma homenagem feita pelos deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná.
O trabalho executado em Quatro Pontes vem rendendo seguidos elogios e reconhecimento, como do ex-presidente da Federação Paranaense de Judô, Renato Fruehwirth, de Cascavel. “Sou testemunha da dedicação e do incansável trabalho do professor Irineu, em divulgar o esporte e a formação dos jovens em Quatro Pontes’, resume. “O projeto garante aos jovens um mundo melhor, longe dos vícios e drogas”.
Muitas crianças e adolescentes participam das aulas de judô no contraturno escolar. Os recursos disponibilizados pela M.A. Máquinas/John Deere garantiram ainda a aquisição de quimonos novos a todos os alunos participantes do projeto Judô: Construindo Campeões. Outros itens adquiridos foram camisetas, agasalhos, bermudas, faixas de graduação, isenção total de mensalidades, além de um tatame novo para a prática das aulas com mais qualidade e segurança.
Desde a concepção do projeto, foram beneficiados diretamente 150 alunos e a partir do contraturno da Escola Municipal Osvino Weirich, ampliou para 250 alunos. E de maneira indireta, esse número é ainda maior, chegando a 5 mil pessoas. As aulas ocorrem às segundas, quartas e sextas, das 18h30 às 19h30 e para as idades a partir dos 10 anos, das 19h45 às 21h. No contraturno escolar, o projeto ocorre às terças e quintas, sendo uma turma na parte da manhã, das 10h às 11h30 e outra à tarde, das 17h às 18h30.
O projeto Construindo Campeões chegou a ser inscrito em um programa da ONU (Organização das Nações Unidas), conhecido como ODS (Objetivo do Desenvolvimento Sustentável). Trata-se de uma ação global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, garantindo ao cidadão a possibilidade de usufruir de paz e de prosperidade. A meta é atingir a Agenda 2030 no Brasil. “Ficamos fora da final. Tínhamos condições de garantir esse reconhecimento internacional, pois estimulamos a inclusão social, igualdade de gênero, educação, saúde, qualidade de vida, enfim, vários critérios da ODS”, comenta o professor Irineu Schmidtke. “Infelizmente, não conseguimos atender todos os critérios, mas não vamos desistir de conquistar esse selo da ONU”, acrescentou.
Para o gerente Corporativo de Serviços e Suporte Conectado e presidente do comitê EGS da M.A. Máquinas, Lélio Oliveira, o projeto Judô: Construindo Campeões, é inspirador. “Nele, é possível perceber o verdadeiro espírito do judô, tanto dentro quanto fora do tatame”. Na visão de Lélio Oliveira, o judô não se restringe apenas a técnicas e competições, mas a valores fundamentais como respeito, humildade, disciplina e trabalho em equipe. “É gratificante saber que os nossos recursos, viabilizados por meio de projetos sociais, são utilizados para gerar oportunidades e desenvolvimento dos atletas”.
(Vandré Dubiela / V10 Comunicação)
